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Nos próximos dias 05 a 09 de novembro acontece a Semana Global do Empreendedorismo no Brasil. Com o objetivo de fortalecer e disseminar a cultura empreendedora, conectando, capacitando e inspirando as pessoas a empreender. Durante o mês de novembro acontecem diversas atividades com diferentes públicos e temáticas, sempre abordando o empreendedorismo de alguma maneira.

Dentro dessa temática, a ANUP Social gostaria de chamar a atenção para uma vertente no mundo dos negócios que se propõe a resolver problemas sociais, os chamados negócios de impacto social. Para a Artemisia, organização brasileira pioneira na disseminação desse conceito, os negócios de impacto social são “empresas que oferecem, de forma intencional, soluções escaláveis para problemas sociais da população de baixa renda”.

No entanto, esse conceito ainda é pouco conhecido pelo empreendedor brasileiro. Segundo uma pesquisa realizada em 2017 pelo SEBRAE, apenas 9,7% dos entrevistados se aproximam da definição de impacto social. Diante desse cenário, entendemos que é necessário transformar essa realidade para que, cada vez mais, o setor privado tenha interesse em investir em negócios que possam alcançar retorno financeiro, ao passo que contribuam para a redução das desigualdades sociais.

Não há dúvida de que as instituições de ensino superior (IES) possuem um papel fundamental na disseminação dos negócios de impacto, pois é através da sua atuação nesse sentido, que pode ser formada uma geração de profissionais conscientes da possibilidade de empreender causando impacto social, através de modelos econômicos rentáveis.

Estudos e pesquisas vêm apontando que os jovens acreditam que empresas devem se engajar e assumir bandeiras sociais. Também apontam que a geração mais nova espera valores e propósitos do empregador. Por que não os estimular a ir além e não apenas cobrar das empresas nas quais trabalham essa postura, mas como também desenvolverem seus próprios negócios de impacto social?

As atividades de responsabilidade social, dever de toda IES, podem ser uma porta de entrada para despertar o interesse nessa temática. Acreditamos que quando os estudantes têm a vivência junto à população em situação de vulnerabilidade social e conhecem os problemas causados pela desigualdade, usando o conhecimento que está sendo adquirido para ajudar a resolver os problemas ali vivenciados, eles se tornarão profissionais mais sensíveis com as questões sociais e cobrarão das empresas uma postura em relação a isso.

E, ainda mais importante, através dessa vivência podem escolher ser ‘empreendedores sociais’. Ou seja, usar o conhecimento adquirido para resolver questões sociais, desenvolver tecnologias escaláveis e que gerem impacto possibilitando a diminuição da desigualdade. Podem se tornar fundadores de um negócio de impacto social. Por que não?

Júlia Jungmann, gerente de Responsabilidade Social da ANUP

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