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A segunda edição do Inovação em Debate, que aconteceu nesta quinta-feira,13, reuniu representantes do governo e da academia para debater sobre a experiência dos Centros de Desenvolvimento Regional (CDR).

A Associação Nacional das Universidades Particulares esteve presente no evento que ocorreu no Sebraelab, no Parque Tecnológico de Brasília – BioTic. Também participaram o senador do Distrito Federal, Izalci Lucas Ferreira, o deputado federal, Vitor Lippi, o assessor da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado (CDR/SF), Paulo Barone, e o diretor de desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (DIFES/MEC), Wagner Vilas Boas.

Na abertura do evento, o presidente da Abipti, Luiz Fernando Vianna, destacou a parceria do BioTIC com a Associação. “É uma grande satisfação ver um auditório cheio de pessoas interessadas em debater um tema tão importante como este. Essa é a nossa segunda edição do evento, a primeira foi um sucesso, e o BioTIC é parte fundamental disso, reunindo muitas startups, o Sebrae e também outras associações. Ao debater sobre os CDRs, nós estamos cumprindo com o nosso papel nos ecossistemas de inovação, que é tão importante para fazer o Brasil crescer” introduziu Vianna.

O senador Izalci Ferreira deu início ao debate ressaltando a necessidade de se transformar o conhecimento teórico obtido nas universidades em inovação na prática, salientando o papel dos CDRs nesse sentido. “Temos muito conhecimento científico no Brasil, estamos em cima quando falamos de produção de artigos, mas ainda temos dificuldade de transformar isso em patentes, produtos etc. Os CDRs terão a missão de aproveitar todo esse conhecimento da rede que temos no Brasil e no mundo, e transformar em ciência aplicada, gerando empregos, fixando jovens e pesquisadores em suas regiões e trazendo o desenvolvimento regional para diminuir as desigualdades.” afirma o senador.

A princípio, serão quatro pilotos nas universidades federais de Brasília (DF), Campina Grande (PB), Bagé (RS) e Itapeva (SP). Cada CDR vai contar com uma estrutura mínima de seis professores, seis alunos e um secretário executivo, com um custo de R$ 250 mil por ano.

Paulo Barone, assessor da CDR/SF, apresentou os primeiros indicadores dos projetos pilotos, que já estão ganhando consistência, utilizando como exemplo o Distrito Federal. “Em Brasília, nós já desenvolvemos a primeira sensibilização de uma rodada para eleger os alvos temáticos e, em breve, faremos a segunda rodada. Inclusive, já temos quase 40 projetos em fase de refinamento para a formulação da primeira carteira, aponta Barone.

O diretor do DIFES, Wagner Vilas Boas, apontou três funções importantes, que reforçam a atuação das universidades na sociedade do conhecimento. “São muitas razões que tornam esse projeto benéfico em muitos sentidos, mas eu gostaria de ressaltar três delas. Primeiro, os CDRs possibilitam mais envolvimento das universidades no desenvolvimento socioeconômico, ao lado de suas missões tradicionais. Segundo, eles propiciam a capacidade contínua das universidades de fornecer, aos alunos e aos professores, novas ideias, habilidades e talentos inovadores e empreendedores. E, por último, eles fazem com que as instituições de ensino deixem de ser uma fonte tradicional de recursos humanos e se tornem produtoras de tecnologia e inovação, além de atuarem como agentes de transferência, com capacidades organizacionais internas cada vez maiores para produzir e transferir tecnologias para o desenvolvimento regional.” discorreu Vilas Boas.

Com isso, as universidades vão se tornando, cada vez mais, instituições responsáveis por contribuir com o desenvolvimento econômico e regional. Sendo assim, muitos esforços estão sendo direcionados para reorientar e até fundar instituições acadêmicas voltadas para esse fim.

O deputado federal, Vitor Lippi, encerrou o debate abordando a necessidade de se investir em projetos regionais em um país como o Brasil. “Em todos os países que as universidades foram transformadas em centros de inovação, os resultados foram positivos. Para promover a inovação, temos que conhecer as regiões e suas necessidades. O Brasil é um país extenso, cada região possui suas características específicas, que vão desde o clima até cultura. Como podemos estimular a inovação em um cenário diverso? É isso que estamos descobrindo com a implementação dos CDRs“, finaliza Lippi.

Os encontros do Inovação em Debate têm o objetivo de discutir as principais ações voltadas para apoiar e estimular o empreendedorismo inovador e o desenvolvimento sustentável no Distrito Federal.

Executado atualmente pela Abipti, o projeto tem como propósito desenvolver estudos, análises e proposições metodológicas que resultem em uma agenda de políticas consistentes e que considere fundamentalmente o conhecimento oriundo das universidades e instituições de ensino e pesquisa da própria região.

Referência: ANUP com informações da Abipti

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