Notícias

Img

Criada em 1986 por David W. McMillan e David M. Chavis, a teoria do senso de comunidade inclui quatro importantes elementos: pertencimento, conexão emocional, influência e integração. No ensino superior, esses elementos ganham relevância – especialmente após a ascensão do ensino a distância e híbrido.

Desde que o ensino on-line virou o “novo normal”, as instituições de ensino superior (IES) precisaram pensar soluções para criar ou reestruturar o senso de sua comunidade. Devido à grande pluralidade dos alunos e professores – que são motivados de maneiras distintas -, a tarefa não é trivial.

No atual contexto da educação, o engajamento dos alunos e o estímulo dos professores dependem de muitos fatores. A realidade em casa, por exemplo. Há quem conte com uma ótima infraestrutura para estudo e trabalho em casa, enquanto outros improvisam para manter os compromissos em dia.

O que também pode ajudar no engajamento dos alunos e no estímulo dos professores são espaços colaborativos virtuais. Eles podem acontecer no AVA, o ambiente virtual de aprendizagem, nos encontros realizados em plataformas de videoconferência e mesmo nas redes sociais – como WhatsApp, Facebook, Instagram e LinkedIn.

“Acredito que as IES ainda não exploram todo o potencial das redes sociais, talvez por receio de exposição ou detração. Mas elas são ótimas ferramentas de engajamento e de comunicação ativa com o aluno da EaD”, afirma a professora universitária Daiana Rocha.

“Com isso, muitas vezes, o aluno da EaD chega a se tornar um promotor da marca da IES”, acrescenta Rocha, que é gerente acadêmica na +A Educação e autora do livro Aprendizagem digital: curadoria, metodologias e ferramentas para o novo contexto educacional (Penso, 2021).

No caso do AVA, faculdades e universidades podem oferecer oportunidades de comunicação que evitam experiências solitárias e “sem graça”. Além de concentrar notificações sobre ementa do curso, prazos para tarefas e provas, o AVA pode promover fóruns de discussão, palestras, games e desafios baseados em aprendizagem por projetos. Isso aumenta as chances de construir relacionamentos significativos uns com os outros, mesmo entre aqueles alunos e professores que nunca se viram presencialmente.

Os jogos educativos, por exemplo, promovem uma competição saudável entre os alunos e fazem com que eles busquem continuamente resultados melhores. Assim, os estudantes buscam novas fontes de informação e aumentam a interação com seus pares e docentes.

Quando não investe na colaboração virtual, a IES sacrifica o potencial da comunidade EaD. Desânimo e falta de engajamento podem resultar em processos de ensino e de aprendizagem falhos, aumento da evasão, baixa empregabilidade e distorção quanto a visão do tripé acadêmico “pesquisa, ensino e extensão”.  A hora de agir é agora.

Fonte: Desafios da Educação

Remodal