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Para qualquer tipo de negócio, as pesquisas são uma das peças-chave quando se trata de ter um vislumbre das possibilidades a esperar no futuro.

Mais do que isso, é com base em números concretos que sua IES (instituição de ensino superior) tem como ser mais assertiva na hora de direcionar suas ações, definir as estratégias, saber se é o momento de expandir ou esperar um pouco mais.

Os dados são uma certeza do presente que oferecem um panorama do que está por vir.

E eles podem ser encontrados em várias fontes. Em informações do censo da educação superior, em dados históricos do segmento educacional e em outros tipos de pesquisas que podem servir de base para analisar o crescimento da sua instituição.

Estamos em um período de altíssima competitividade na educação superior. Há mais faculdades do que nunca e com o crescente aumento do interesse por formações EAD ou híbridas os estudantes agora podem literalmente cursar em qualquer lugar do país.

Nesse contexto, é fundamental que o futuro da sua instituição seja pensado de forma consciente e seu crescimento possa ser calculado com base em dados.

Mas, como fazer isso (e o que fazer com isso)? Hoje, vamos compartilhar com sua IES algumas informações úteis para que vocês possam saber como conduzir os próximos passos da sua instituição.

Vamos lá?

O futuro é na rede particular

Para quem é baby boomer, ou seja, pessoas nascidas antes dos anos ‘80, a realidade do ensino superior costumava estar vinculada ao ingresso em alguma instituição pública.

Mas as coisas mudaram, e muito.

De acordo com dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) divulgados no último Censo da Educação Superior, o segmento privado é responsável por 93,4% da oferta nacional.

Já quando observamos outra análise, sobre os Números do Ensino Particular no Brasil, da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior), encontramos informações como:

70,2% das matrículas foram feitas em cursos presenciais são de instituições privadas;

91,6% das matrículas em território nacional na modalidade EAD foram feitas no setor privado;

3/4 dos alunos de graduação frequentam a rede privada.

E as matrículas, quando observadas em uma perspectiva mais ampla, há mais de 10 anos, não param de aumentar. Segundo dados do INEP, de 2009 até pouco tempo atrás, tivemos cerca de 20% de aumento na quantidade de alunos que entram nas faculdades privadas.

Com números como estes, fica claro que o futuro do ensino superior tende a ser absorvido por instituições particulares.

Você já é EAD?

Outra tendência vista há anos atingiu um ponto de virada bastante representativo: De forma inédita, em toda a história do ensino superior no Brasil, entraram mais alunos na modalidade EAD do que os registrados no ensino presencial.

Em números, 50,7% (quase 1.6 milhão) dos novos alunos das instituições privadas entraram para o ensino a distância, enquanto 49,3% (pouco mais de 1.5 milhão de alunos) optou pelo estudo presencial.

Naturalmente, a pandemia teve um impacto considerável no interesse pelos cursos a distância, mas isso pode ser lido mais como uma consolidação do que algo necessariamente novo.

Quer ter uma noção da proporção de matrículas de estudantes EAD X presencial em cada região do país? Confira os números (de 2019) de nossa pesquisa sobre o mercado educacional:

Sul: EAD 63% / Presencial 37%

Sudeste: EAD 74% / Presencial 26%

Centro-oeste: EAD 72% / Presencial 28%

Norte: EAD 63% / Presencial 37%

Nordeste: EAD 76% / Presencial 24%

Estas informações dão um overview bastante preciso sobre a situação atual do ensino superior no Brasil. Pode-se dizer que dúvidas sobre “o que é melhor, ead ou presencial” já estão amplamente superadas na mente da população e o vetor de crescimento aponta firme para esta modalidade.

O que fazer com essas informações?

Se sua instituição ainda está apostando no ensino presencial, não há problemas. Mas, o que não pode ser deixado de lado hoje em dia é a criação de uma infraestrutura que acompanhe o crescimento do mercado de educação a distância.

Chegou a hora de organizar e potencializar a sua transformação digital, o futuro da sua IES, em grande parte, depende disso. Para tanto, é importante levar em consideração várias ações neste sentido, tais como:

  • Elaborar um plano estratégico que defina seus objetivos, o que é preciso para atingi-los, deixar claro quais são os motivos, definir prazos, especificar responsáveis e fazer uma análise de custo, etc.
  • Conhecer seu posicionamento atual em relação aos concorrentes. Neste sentido, é importante saber qual é o lugar que sua imagem ocupa na mente do público universitário.
  • Definir indicadores que deem suporte ao seu crescimento. Taxa de matrículas, dados sobre o abandono ou taxa de egresso, entre outras informações que sirvam de base são fundamentais.
  • Reestruturar os gastos da instituição. Folha docente, despesas realizadas com manutenção da infraestrutura e administração, investimentos necessários para a expansão devem entrar neste ponto.
  • Seguir os cursos de maior demanda e oferecer uma oferta acadêmica afim aos novos tempos.
  • Acompanhar a migração de alguns cursos, que podem estar retraindo no presencial e aumentando no EAD (área de negócios, TI, Engenharias, são bons exemplos)
  • Melhorar seus processos de marketing e de vendas, ou seja, tudo que esteja relacionado à captação de alunos. Como os dados são o novo combustível do marketing, contar com um CRM educacional é fundamental.

Aproveitar a tendência de crescimento do EAD e virar para o ambiente digital não se trata simplesmente de digitalizar seus processos antigos.

A mudança de paradigma orienta que as novas formas de graduação tenham um funcionamento mais dinâmico, conteúdos mais abrangentes, AVAs (ambientes virtuais de aprendizagem) que realmente agreguem valor à formação.


Fonte: Crátilo Educacional

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