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O que impede as pessoas de terem acesso a um curso superior no Brasil? Não é difícil elencar uma série de fatores, culturais e estruturais, que permitem a reflexão para responder a tal questionamento. Porém, é importante dar visibilidade e fomentar possíveis caminhos e iniciativas inovadoras que podem endereçar a solução para alguns destes fatores.

A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua anual sobre Educação, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que tem os dados mais recentes datados de 2019, mostrou que apenas 21,4% dos jovens com idades de 18 e 24 anos no Brasil cursam o ensino superior. Este é um dos piores resultados entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Um dos principais fatores é a condição financeira das pessoas. Porém, não é apenas dinheiro que falta para as famílias brasileiras, conforme evidenciam outras pesquisas. Também há uma carência de referências e exemplos de quem tenha conseguido trilhar a jornada para iniciar e concluir um curso superior.

De acordo com o Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social (Imds), em média, quase seis em cada 10 brasileiros (58,3%) cujos pais não tinham o ensino médio completo também pararam de estudar antes de concluir esse ciclo.

É fato, atestado por diversos estudos e indicadores, que o ensino superior traz maiores chances de empregabilidade e com melhores faixas de remuneração. A taxa de desemprego, por exemplo, é de 6% entre pessoas com curso de ensino superior, frente ao índice de 14% do trabalhador sem diploma, segundo a Pnad 2019. A Pesquisa de Empregabilidade do Brasil, realizada pelo Instituto Semesp, aponta que 5,8% dos entrevistados disseram ter renda superior a R$ 5 mil mensais antes de concluir um curso superior. Esse percentual passa para 41,4% após o término da graduação.

As instituições de ensino superior privadas no Brasil, cientes da importância de trabalhar em parceria com os alunos para superar esse desafio, têm se mobilizado, seja em iniciativas conjuntas e em parceria com poder público, como subsídios para o pagamento de mensalidades; ou em projetos individuais com o objetivo de incentivar, democratizar e permitir o acesso ao ensino superior. E mais do que isso: criar condições para que, uma vez inseridos na jornada acadêmica, possam ter, o quanto antes, oportunidades de ter fontes de renda e empregabilidade.

Um modelo inovador de atuação que tem possibilitado ao mesmo tempo o fomento ao acesso ao ensino superior, por um lado, e a geração de renda, por outro, é ilustrado pela figura do consultor educacional.

Trata-se de um profissional que, devidamente capacitado e orientado, passa a atuar como um incentivador para ajudar as pessoas a entenderem que, sim, é possível cursar uma Graduação com investimento acessível, principalmente por meio do Ensino à Distância (EaD). Vale destacar aqui o processo 100% digital, pelo qual todo o processo de orientação e efetivação de matrícula é feito via aplicativo, em dispositivos móveis. Os consultores, por sua vez, são recompensados por comissões em cada matrícula efetivada.

Há ainda a possibilidade para os novos ingressantes no ensino superior seguirem o exemplo, atuando também como consultores para inspirar outras pessoas a seguir o mesmo caminho, tendo uma oportunidade de renda adicional enquanto seguem os seus estudos.

Esse trajeto pode parecer simples para aqueles que desde os primeiros anos escolares já podem ter traçados os caminhos que levarão para uma faculdade. Entretanto, esse suporte é importante para aqueles que serão os primeiros de suas famílias a entrarem na graduação.

A inovação é uma característica natural dos brasileiros e, mais do que nunca, ela é fundamental na descoberta de novos conceitos e ideias em prol de uma sociedade mais equilibrada, que permita o desenvolvimento social e econômico das pessoas e das comunidades. A educação, sem dúvida, é um dos caminhos para tornar isso possível e há que se celebrar toda e qualquer iniciativa que nos permita uma jornada que contribua para o progresso educacional, econômico e social do país.

Fábio Fernandes, Head do Consultoria Educação, da Kroton.

Fonte: Estado de Minas

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