Quem nunca se deixou levar pelas experiências científicas contadas nos quadrinhos e nos filmes de ficção? No Dia do Químico, comemorado nesta segunda-feira, 18, vale conhecer a história de um professor que, quando adolescente, começou a esboçar sua escolha por essa atividade. Foi assim, na frente da tevê ou com um gibi nas mãos, que Roblêdo Vieira Alves, 43 anos, descobriu a paixão pela química.
“Na adolescência, eu assistia a filmes nos quais os cientistas trabalhavam em laboratórios e desenhos que mostravam as transformações das personagens”, conta. “Isso atiçava a curiosidade. No ensino médio, fui tendo empatia pela disciplina; e, ao final, com toda essa experiência, escolhi o curso [de química]”.
Ao optar por exercer sua profissão a partir do que mais lhe dá prazer, Roblêdo escolheu passar adiante o conhecimento e se tornou professor. Na sala de aula, atua como um guia dos jovens estudantes. “Somos orientadores de um processo educacional que abrange três partes: a teórica, de sala de aula; a prática, vista em laboratório; e a questão tecnológica, que trouxe uma carga de informação muito grande para o aluno”, explica. “O papel do professor é reorientar essas informações, fazendo com que haja um aprendizado e, com isso, o aluno seja mais crítico e consciente”.
É no ramo da tecnologia que a estudante de química Carolina Medeiros Romera, 22 anos, quer atuar ao se formar. “Durante o curso, acabei me interessando mais pelas disciplinas da área”, conta. “Pretendo trabalhar também com a química industrial, se possível, na elaboração de novos produtos. ”
Atuação – Reconhecida por meio da Lei nº2.800, de 1956, a profissão de químico abrange uma área de conhecimento que permite ao profissional atuar em diversos ramos, como o ensino, química ambiental, química de alimentos, gestão da qualidade, pesquisa, química forense e química industrial e tecnológica. Com tantas áreas de atuação, é inevitável que o profissional de química contribua, de forma significativa, para o avanço da ciência no Brasil.
“O nosso país é um dos maiores produtores de alimentos do mundo e isso se deve ao investimento pesado na implementação de novas tecnologias de produção”, pontua o professor Roblêdo. “Isso não se daria sem a presença de novas substâncias dentro do campo, como fertilizantes. Todo esse processo perpassa no desenvolvimento de pesquisas elaboradas com a participação do químico.
O professor cita ainda a importância do profissional para o setor petrolífero brasileiro. “A descoberta do pré-sal fez com que a indústria sentisse a necessidade de profissionais que lidem com a transformação desse petróleo e esse é o papel do químico”, destaca.