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O Brasil é o país da América Latina com o maior número de universidades entre as mais reconhecidas do mundo. Segundo a última avaliação da QS (Quacquarelli Symonds), 27 instituições de ensino brasileiras entraram no ranking, 13 a mais que no ano passado.

Apesar do maior número de universidades reconhecidas, nenhuma delas aparece entre as cem melhores do mundo.

“Os resultados brasileiros sugerem que acadêmicos e empregadores em todo o mundo estão cada vez mais propensos a indicar as universidades do país como fontes de pesquisa e graduados de alta qualidade”, disse Ben Sowter, diretor de pesquisa da QS, sobre o aumento de instituições na lista.

No entanto, ele fez um alerta ao país sobre a necessidade de mais investimentos em ensino e pesquisa.

“Se as universidades do país quiserem fazer mais melhorias, será necessário expandir os recursos de ensino em todo o país, para que os alunos possam desfrutar de experiências de aprendizagem pessoais e atenciosas. Também será necessário traçar estratégias para aumentar a produção e o perfil da pesquisa brasileira.”

As universidades federais, que são a maioria das mais bem avaliadas no país, enfrentam queda orçamentária. Das 27 instituições brasileiras que aparecem no ranking, 18 são da rede federal.

O orçamento discricionário das universidades aprovado para 2021 foi de R$ 4,3 bilhões, menor do que os R$5,4 bilhões do ano anterior.

Elas temem não ter orçamento suficiente para concluir as atividades acadêmicas neste ano.

A mais bem posicionada é a USP em 121º lugar, seguida pela Unicamp (219º) e a UFRJ (369º).

Melhor colocada do país há anos, a USP teve queda no ranking em relação à última edição, quando aparecia em 115º lugar. A universidade teve melhora no indicador de reputação acadêmica e reputação entre empregadores, no entanto, piorou nas avaliações ligadas à capacidade de ensino.

O ranking, divulgado nesta terça (8/6), é publicado anualmente e é uma das principais avaliações internacionais do ensino superior.

A classificação das instituições é feita por meio de seis indicadores: reputação acadêmica, reputação de empregabilidade, citações por faculdade, proporção de professores por aluno e quantidade de docentes e estudantes internacionais.

O MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) segue há 10 anos consecutivos como a universidade número um do mundo. A Universidade de Oxford alcançou o segundo lugar, seguida pelas Universidades de Stanford e Cambridge, que dividem o terceiro lugar.

Fonte: Folha de S.Paulo

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