A artista plástica Daniela Caburro foi tema do vídeo-documentário desenvolvido como projeto experimental pelos recém-formados em Jornalismo na Universidade de Araraquara – Uniara, Alexandre José dos Santos, Fernanda Olímpio Freitas Camargo, Tarcíso Gonçalves Amorim Junior, Victória Xavier e Vitor Augusto Gimenes. O trabalho, orientado pelo professor Fabricio José Mazocco, pode ser conferido no link https://goo.gl/ixhHbA.
“A produção, intitulada ‘Cores e Sorrisos – A história de Daniela Caburro’, relata sua vida e obra. Daniela ficou tetraplégica aos oito meses, após adquirir poliomielite. Por meio da pintura, encontrou uma forma de expressar seus sentimentos e também de viver. O documentário foi produzido a partir de técnicas jornalísticas e entrevistas com pessoas que colaboraram para que o sonho da artista se tornasse realidade”, relata Santos, em nome de seu grupo.
Ele destaca que o vídeo “mostra como uma atividade artística – nesse caso, a pintura – pode colaborar com o desenvolvimento pessoal do deficiente, transmitindo a mensagem de que a deficiência física não é uma limitação para viver”.
A realização do projeto, de acordo com o ex-aluno, culminou no crescimento pessoal e profissional de cada membro do grupo. “Ao contar a história de Daniela, deparamo-nos com suas dificuldades vividas diariamente, sendo que, mesmo diante dos obstáculos, a artista nunca desistiu de seus sonhos”, comenta.
Além disso, durante as montagens do relatório, do roteiro e da edição, Santos conta que ele e seus colegas também aprenderam a lidar com o tempo limite, “sabendo selecionar o que era mais importante para contar a história”. “Colocamos em prática o que foi-nos ensinado durante a graduação: entrevistas, elaboração de perguntas, transcrição, decupagem e edição”, diz.
Por meio do documentário, o ex-estudante aponta que é possível compreender melhor a deficiência física “e incentivar os deficientes a praticarem atividades complementares que os façam se sentir mais inclusos na sociedade, já que não devemos entender que essas pessoas são incapazes de desenvolver diversas tarefas”.
“Os deficientes tentam a todo tempo se inserir na sociedade, nas escolas, nos trabalhos, cursos etc. Em toda e qualquer atividade, devemos incluí-los. Eles podem ter dificuldades, mas se não fizermos isso para aprenderem, mesmo que devagar, como irão se sentir aceitos?”, questiona Santos.
Ele comenta que quem vê os quadros de Daniela Caburro jamais imagina que ela é uma deficiente física que pinta com a boca. “Os traços, as cores, o jeito de pintar são especiais, assim como ela é especial à sociedade. É uma prova de superação incrível, pois quase ninguém consegue fazer o que ela faz”, finaliza. Informações sobre o curso de Jornalismo da Uniara podem ser obtidas no endereçowww.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88. |