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Preparar o acadêmico para os vários campos que despontam no mercado de trabalho é um dos principais objetivos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Paranaense – Unipar, oferecido na Unidade de Umuarama. Para aulas práticas sobre animais exóticos, o Hospital Veterinário conta com uma família de lhamas. Assim que chegaram no HV, o trio – pai, mãe e um filhote de quatro meses – de ruminantes típicos da América Latina, foi submetido a uma série de exames. Acadêmicos, supervisionados pelo médico veterinário e professor da disciplina de animais selvagens, Salviano Tramontini, participam dos atendimentos. “Pela legislação nacional, as lhamas são consideradas animais domésticos, porém são exóticas… Por isso estamos utilizando para as aulas práticas de medicina de animais selvagens, já que precisam passar por manejos rotineiros a cada seis meses”, explica o professor. “É uma oportunidade de os acadêmicos estudarem, na prática, uma espécie diferente daquilo que estão habituados”, acrescentou. Lembrando que o habitat natural da espécie é a região dos Andes, que é fria, o professor diz que os animais se adaptam bem ao clima brasileiro, desde que recebam cuidados especiais: “O manejo adequado é fundamental: temos que fornecer água e alimentos de boa qualidade e todos os outros cuidados que seus parentes mais próximos, que são os ruminantes domésticos, recebem”. Diferente dos parentes, as lhamas precisam de atenção redobrada na dentição. “A correção dentária é um cuidado extra importante para que se alimentem bem; como não estão em seu habitat natural, onde normalmente desgastam os dentes quando se alimentam, precisamos desgastá-los. Nesse caso, entramos com conhecimentos da disciplina de odontologia veterinária”, destaca Tramontini. Pela estrutura que tem para atendimento a animais selvagem, além dos domésticos, o Hospital Veterinário da Unipar tornou-se referência na região: já atendeu leão, tigre, macaco, cobra, entre outros. É um diferencial para a formação dos acadêmicos, afirma o acadêmico do 5º ano, Alison Henrique da Silva. Ele ajudou o professor no atendimento às lhamas. “É um privilégio poder fazer essa abordagem dentro da Universidade. Temos a matéria de clínica de animais selvagens e exóticos e, também, a oportunidade de praticá-la, vivenciando a rotina desses animais raros na nossa região… Hoje o mercado está muito competitivo, então é um conhecimento adicional que faz diferença para atuar na profissão”, orgulha-se o estudante.

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