Mendonça Filho confirma que deixará ministério para disputar eleições
BRASÍLIA – O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), afirmou nesta quarta-feira que ainda não definiu quando deixará o comando da pasta para se dedicar a sua candidatura em 2018. Abril é o prazo limite para que os titulares dos ministérios deixem os cargos para concorrerem nas eleições de 2018
O parlamentar do DEM negou que o discurso do presidente Michel Temer (MDB), durante a cerimônia no Palácio do Planalto para anunciar a liberação de R$ 406 milhões para o Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI), tenha sido em tom de despedida.
"Não há nenhuma despedida. Não há nenhum roteiro preestabelecido para a saída de ministros pernambucanos", brincou Mendonça, fazendo referência à saída do deputado Bruno Araújo (PDSB-PE), que deixou o comando do ministério das Cidades poucas horas depois de participar de uma cerimônia no Palácio do Planalto, em dezembro. "Tenho o prazo da lei que é 7 de abril. Serei candidato, só não sei para qual cargo. Por enquanto, continuo focado no MEC e nas questões da educação."
O titular do Ministério da Educação disse ainda que não há nenhuma decisão sobre quem pode assumir seu lugar na pasta. "Não falei com o presidente ainda. A decisão sobre a composição cabe a ele. Não pretendo falar agora. Espero que a gente tenha a sequência no trabalho e alguém que tenha compromisso com a área de educação."
Sobre a eventual candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao comando do Palácio do Planalto em 2018, Mendonça reforçou que Maia é o potencial candidato do partido à Presidência, mas disse que o martelo será batido "mais para frente" para evitar que isso atrapalhe a aprovação da reforma da Previdência
Na avaliação de Mendonça, candidaturas de centro têm mais chances de vencer a disputa eleitoral no Brasil. "Para mim, Maia é um nome novo, que representa uma oportunidade. É competente e tem sido avalista dessa retomada econômica do Brasil."