A professora Elizabeth Guedes, presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP), foi nomeada oficialmente para a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE) nesta terça, 8 de novembro.
O nome da professora foi confirmado após publicação de decreto no Diário Oficial da União (DOU). Confira aqui. Elizabeth, que atua na Educação Superior há mais de 33 anos, foi indicada ao cargo por mais de 20 entidades representativas do setor, número expressivo que atesta o reconhecimento que ela possui na área. O cargo de conselheiro é uma posição não remunerada com um mandato de quatro anos, renováveis pelo mesmo período.
A ANUP considera a nomeação da presidente uma vitória para todo o setor da Educação Superior privada, uma vez que as instituições particulares concentram mais de 90% das matrículas em graduação, possuem mais de 15 milhões de alunos matriculados e, por isso, não pode ficar de fora do debate sobre políticas voltadas à Educação Superior.
Além disso, a indicação de Elizabeth Guedes é estritamente técnica e seguiu todos os ritos preconizados pela legislação que regulamenta o CNE e órgãos suplentes.
A Câmara de Educação Superior é a instância do CNE que delibera sobre as diretrizes curriculares propostas pelo Ministério da Educação (MEC) para os cursos de graduação; analisa questões relativas à legislação que rege a Educação Superior; assessora o ministro da pasta nos assuntos relativos ao setor; avalia processos de autorização e reconhecimento dos cursos e de instituições.
BIOGRAFIA
Presidente da ANUP pelo segundo mandato consecutivo, Elizabeth Guedes possui uma ampla trajetória na Educação que a credenciou para uma série de cargos que ocupou ao longo dos últimos 33 anos.
Atualmente, ela também é presidente da Câmara de Ensino Superior (CES) da Confederação Brasileira dos Estabelecimentos de Ensino (CONFENEN) e vice-presidente do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior do Rio de Janeiro (SEMERJ).
Elizabeth integra, como titular, o Fórum Nacional de Educação (FNE), o Fórum de Presidentes do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB), o Conselho da Estratégia Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto (ENIMPACTO), o Conselho da Pátria Voluntária e, ainda, é Diretora Executiva da Associação Brasileira da Educação Básica Privada (ABREDUC) e Diretora Institucional do Fórum de Executivos Financeiros das Instituições de Ensino Superior (FinancIES).
A trajetória dela na Educação, contudo, começou tão logo Elizabeth concluiu o Bacharelado e a Licenciatura em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde passou a ser Professora Assistente entre 1979 e 1981. Ela foi aprovada em 1º lugar no processo de seleção do Programa de Mestrado em Psicologia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), obtendo bolsa de estudos da CAPES. Concluiu os créditos, mas não defendeu a dissertação.
No setor público, Elizabeth trabalhou, ainda, no Ipea, no Iphan, e no então Ministério da Previdência e Assistência Social. Em 1991, contudo, ela direcionou a carreira profissional para a Educação Superior particular: fundou o Ibmec e atuou diretamente na construção de todo o projeto pedagógico e dos processos de autorização e implantação dos cursos, levando-os a serem alçados à categoria dos já existentes programas da USP e da FGV.
Sob a gestão da professora Elizabeth, o Ibmec passou a ser uma das marcas do mercado de maior recall na educação superior de São Paulo. Ela ainda chefiou a operação do Ibmec em Belo Horizonte, Brasília e Curitiba.
Deixou o grupo em 2003 e ingressou na Rede Internacional de Universidades Laureate, então Sylvan Learnings Systems. Lá, durante 11 anos (que controlava as universidades Anhembi Morumbi, Potiguar e Salvador, e os Centros Universitários Uninorte e IBMR e as Faculdades ESADE), foi reitora, vice-reitora, presidente de mantenedoras e VP Acadêmica, entre outras funções que levaram todas as escolas a serem recredenciadas ao Ministério da Educação com notas iguais ou superiores a 4.
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF