A Associação Nacional das Universidades Particulares e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD estão fechando uma parceria para o desenvolvimento de ações que visem o fortalecimento da reintegração socioeconômica dos migrantes no Brasil.
A ideia é dar acesso a oportunidades de formação, geração de renda e inclusão produtiva, assim como o acesso a direitos, melhorando a qualidade de vida desta população em situação de vulnerabilidade.
Segundo dados da Agência da ONU para Refugiados o número de solicitantes de refúgio no Brasil aumentou drasticamente de 2016 para 2017 passando de 35.464 para 85.746. O Brasil ocupa o primeiro lugar entre os países da América Latina que acumula o maior número de pedidos de asilo sendo processados e o sexto no mundo todo. Os últimos dados, de 2017, mostram que o Brasil tem 10.418 refugiados reconhecidos, de 82 nacionalidades, sendo 74% homens e 26% mulheres.
Quanto ao número de migrantes, o Brasil tinha, até o ano passado, cerca de 700 mil estrangeiros em uma população de mais de 200 milhões de pessoas.
A proposta de unir ANUP e PNUD leva em consideração o reconhecimento e valorização do papel das IES no desenvolvimento do país, assim como sua importância em ações de responsabilidade social e promoção da cidadania.
A proposta entre as entidades estará embasada em cinco eixos: acesso ao idioma, acesso a direitos e informações, formação profissional e acesso ao mercado de trabalho, fortalecimento de capacidades para o empreendedorismo e fortalecimento de redes de convivência.
Qualquer Instituição de Ensino Superior pode participar deste projeto. Mesmo que a IES associada à ANUP já tenha alguma ação específica para esse público, ainda assim, pode contribuir para levar cidadania a essa população