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Dados do Censo de Educação Superior, de 2016, do INEP- Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira -mostram que entre os mais de 8 milhões de alunos matriculados em universidades brasileiras, 488 tem TEA – transtorno do espectro autista. Desse total, 212 estão em instituições de ensino públicas e 276 em instituições privadas.

Dos alunos de universidades brasileiras com TEA, 255 deles têm sintomas do chamado “autismo clássico”, que costuma ser diagnosticado por volta dos 3 anos de idade. Entre os sinais mais comuns desse quadro, podem estar a dificuldade em interação social; não reagir a emoções; não compartilhar experiências com outras pessoas e fazer movimentos repetitivos e necessitar de uma rotina muito inflexível.

Já 233 alunos têm a chamada Síndrome de Asperger. Mesmo com o desenvolvimento da linguagem equivalente ao da média das crianças, os jovens com Asperger mostram sinais como desinteresse em compartilhar gostos;
No outro extremo, da chamada Síndrome de Asperger, estão dificuldade em socialização; comportamento repetitivo; falta de empatia e interesse por assuntos muito específicos.

Há, no entanto, alunos diagnosticados com diferentes graus de autismo que superaram as dificuldades de socialização e mostraram sua capacidade de aprendizado e conquistas, como é o caso do jovem Enã Rezende, aluno da associada UNIC, Universidade de Cuiabá, que se formou em medicina.

*Aluno com Asperger se forma em medicina*

Enã Rezende, de 26 anos, só foi diagnosticado com Síndrome de Asperger aos 19 anos, e no início deste ano recebeu seu canudo no curso que sonhou fazer desde jovem. Enã sofreu uma grande perda ainda na infância, quando seu pai morreu em um acidente de carro. E foi justamente seus questionamentos em relação à morte do pai que levaram Enã a cursar medicina.

Ele ingressou na faculdade no final de 2012 e começou a cursar no início do ano seguinte. Para Enã “uma das dificuldades do autista é na comunicação. Seu maior medo era lidar com os pacientes, já que em função do autismo tem dificuldade em olhar no olho das pessoas. Mas garante que venceu esse medo quando começou a fazer atendimentos.
ressalta.

Enã tem uma irmã e um irmão, a irmão com 12 anos, também tem TEA, mas em um grau bem mais severo.

Referência: ANUP com informações do G1 e BBC

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