Notícias

Img

No ano de 1989, um grupo de visionários reitores de diversas universidades particulares do Brasil se uniu para criar a Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP). Entre essas instituições estavam a Universidade de Mogi das Cruzes, Universidade Santa Cecília, Universidade Brás Cubas, Universidade de Marília, Universidade Paulista, Universidade Gama Filho, Universidade Camilo Castelo Branco, Universidade de Alfenas e Universidade de Guarulhos.

Sob a liderança do professor Antonio Veronezi e do vice-presidente Wellington Moreira Pimentel, a ANUP iniciou sua trajetória com um objetivo claro: fortalecer e representar a Educação Superior particular no Brasil.

Ao longo desses 35 anos, a ANUP teve uma história marcada por significativas contribuições ao setor. O professor Antonio Veronezi, que liderou a associação em seus primeiros anos, deixou um legado inestimável, dedicando sua vida ao avanço da educação.

Durante os anos 90 e início dos anos 2000, a presidência foi ocupada por figuras de destaque, como o professor Maurício Chermann – um dos pioneiros na Educação a Distância – que defendeu a continuidade das políticas educacionais independentemente das mudanças de governo, e o professor Heitor Pinto e Silva Filho.

À época, a ANUP desempenhou um papel de extrema importância nas discussões que levaram à criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira em 1996, um marco para o setor. Também está impressa na história da Associação a participação ativa nos debates para a criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), institucionalizado por meio da Lei 10.861, que em 2024 completa 24 anos.

Já sob liderança do professor Abib Salim Cury, a ANUP exerceu uma contribuição significativa para o avanço do financiamento da pesquisa em instituições particulares. O prof. Abib Salim, inclusive, enfrentou a resistência entre os setores público e privado na ciência e na pesquisa, defendendo a qualidade acadêmica, independentemente de sua origem. Este ideal continua a guiar as ações da ANUP até hoje.

INCLUSÃO E QUALIDADE

Tanto que, nos últimos anos, conduzida pelos professores Altamiro Belo Galindo, Rubens Lopes da Cruz e Elizabeth Guedes, que é a atual presidente, a atuação da ANUP se voltou à defesa das prerrogativas das Instituições de Ensino Superior particulares e das políticas públicas voltadas à inclusão de cada vez mais brasileiros à Educação Superior de qualidade, como o ProUni e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Esse trabalho foi ainda mais intenso durante as discussões sobre a Reforma Tributária, cuja participação direta da Associação foi e ainda é fundamental para garantir que os impostos no setor educacional permaneçam equilibrados, para consolidar o ProUni como parte integrante da Constituição e assegurar que a educação de qualidade seja acessível aos brasileiros.

Nessa conjuntura, a parceria da entidade com a Frente Parlamentar pela Inclusão e Qualidade da Educação Particular (FPeduQ) tem sido crucial. Ao juntar a expertise da ANUP com o compromisso do grupo de Deputados e Senadores que formam a FPEduQ, ganhou corpo, no Congresso Nacional, um forte movimento em defesa de um setor que é responsável pela educação de 16 milhões de brasileiros, emprega mais de 1,7 milhões de profissionais, contribui com mais de 2% do PIB Nacional e, portanto, reivindica ser cada vez mais ouvido nas discussões sobre políticas públicas para a educação brasileira.

Elizabeth Guedes, atualmente também conselheira do Conselho Nacional de Educação, também tem pautado sua gestão na ANUP com uma defesa enfática de melhorias urgentes na regulação e no sistema de avaliação, aspectos que se refletem, diretamente, na qualidade acadêmica.

Nesta perspectiva, a professora Elizabeth tem insistido que os órgãos reguladores considerem os indicadores de desempenho dos cursos para “separar o joio do trigo” e orientem a educação para um caminho que contemple os avanços que a tecnologia e inovação trazem ao abrir oportunidades para todos que quiserem estudar, onde quer que estejam, em qualquer lugar deste país continental.

A ANUP faz essa defesa por acreditar que esse é um dos rumos que as políticas para a educação precisam seguir para que os jovens voltem a se sentir atraídos para as salas de aula das faculdades, centros universitários e universidades.

ANUP SOCIAL

A ANUP Social, braço da Associação focado em ações de responsabilidade social, exprime o compromisso da ANUP em construir e trabalhar de forma direta em ações sociais que devolvam valor à sociedade, sob forma de inclusão e melhoria da qualidade de vida.

Utilizando recursos próprios e captando capital filantrópico, a ANUP está presente no Arquipélago do Marajó, trabalhando junto à rede pública de ensino básico por meio da Rede Mondó. A Associação também atua em todo o país, oferecendo capacitação em cuidados da Primeira Infância com o curso “O Desenvolvimento na Primeira Infância”.

Recentemente, a ANUP se juntou à luta contra o uso de dispositivos eletrônicos de fumar, uma verdadeira pandemia patrocinada pela indústria tabagista, e em breve lançará o inédito Desafio Universitário pela Saúde. A Associação também aderiu ao Pacto Global da ONU, reforçando seu compromisso com os direitos humanos, o meio ambiente e o combate à corrupção.

REPRESENTATIVIDADE

A Associação continua a ser uma voz importante na educação brasileira, comprometida com a inovação, a responsabilidade social e a qualidade da Educação Superior. O tamanho desta missão é proporcional ao alcance das ações que a Associação desenvolve e à forte representação que conquistou: a ANUP está no Conselho Nacional de Educação (CNE), no Fórum Nacional de Educação (FNE) e na Estratégia Nacional de Economia de Impacto e o Comitê de Economia de Impacto (Enimpacto), órgãos colegiados onde são decididas políticas públicas que ditam os rumos do país nas áreas de Educação e Economia. Fortalecendo a presença no Congresso Nacional, a Associação integra, junto a outras entidades representativas do setor, o Instituto Educação de Qualidade (IEduQ), que acompanha e fomenta a Frente Parlamentar pela Inclusão e Qualidade na Educação Particular (FPeduQ).

A ANUP também tem trabalhado com outras entidades representativas do setor, seja ocupando um assento em suas diretorias ou em parcerias estratégicas, como a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen), Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino superior no Estado de São Paulo (Semesp), entre outras.

Ao celebrar seus 35 anos, a ANUP olha para o futuro com a mesma determinação que marcou sua trajetória. O caminho percorrido até aqui testemunha o poder da colaboração e da visão compartilhada de construir um Brasil melhor por meio da educação

Remodal