Em 14 de abril, o INEP realizou uma reunião com as associações e entidades do setor educacional para apresentar as perspectivas da avaliação in loco, com as respectivas atualizações dos dados e uma proposta de adaptação dos instrumentos de avaliação de cursos de graduação presencial e à distância, para reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos. Sabendo que essa é uma temática que interessa a todos os PI e demais profissionais que atuam no ensino superior, a ANUP e a ANPI se juntaram para promover a ampliação do debate sobre a proposta do INEP para o instrumento de avaliação para reconhecimento de curso, o IACG de 2022.
Na tarde de 18 de abril, a Presidente da ANPI, Professora Ivanete de Oliveira, usando como base a apresentação de slides disponibilizada pelo INEP da proposta do instrumento de reconhecimento de curso, conduziu uma reunião online, que teve 418 inscritos de 24 unidades federativas do nosso país e mais de 230 participantes simultaneamente na sala virtual.
“Nós fizemos um estudo dentro da ANPI para trazer essas questões e, mesmo assim, sabemos que ainda precisamos nos aprofundar em vários pontos, que ainda ficaram obscuros. Depois de todo esse processo de contribuição do coletivo do ensino superior, a ANPI e a ANUP farão um documento que será envido ao Presidente do INEP, Danilo Dupas, e a outras instâncias que se julgarem necessárias. É o momento que nós, PI e demais profissionais da educação superior, podemos contribuir para a qualidade da educação superior, dialogando com os órgãos reguladores”, explicou Ivanete.
Segundo o INEP, existe uma nova lógica para se compreender a avaliação in loco, por isso o órgão fez uma adaptação do instrumento de avaliação de curso para 2022. Vale destacar que já existe um grupo participando desse processo há algum tempo e agora chegou o momento do INEP ampliar o debate.
A adaptação que é proposta faz uma troca de metodologia. Antes a avaliação era feita com foco em indicadores e atributos, agora o foco passa a ser o objeto de avaliação. Com isso, foram aglutinados alguns indicadores. Antes eram 58 indicadores e na nova proposta passariam a ser 42. Também fica estabelecido que cada conceito agora está associado a um critério de análise específica.
Os diferentes indicadores do instrumento de 2017 passam a ser categorizados como objetos de avaliação. Os atributos são apresentados ordenadamente, depois entram os qualificadores, sendo que pode haver até 5 atributos dentro de um mesmo qualificador. Também passa a existir um único critério de análise e não mais um para cada conceito, o que simplifica e facilita a interpretação de algumas questões. Mas a lógica aditiva permanece e passa a ter uma escala que define quais atributos são suficientes para cada conceito.
Com a diminuição dos indicadores, a Dimensão 1, que trata da Organização Didático-pedagógica, tinha antes 24 indicadores e agora tem 18. A Dimensão 2, que é voltada para o Corpo Docente e Tutorial, passa de 16 para 12 indicadores. E a Dimensão 3, que é a da Infraestrutura, passa de 18 para 12.
Vale lembrar que não houve mudança de peso, continuam valendo os mesmos de antes: Organização Didático-pedagógica com peso 3, Corpo Docente e Tutorial com peso 4, e Infraestrutura com peso 3. O documento do INEP traz ainda a correlação entre os indicadores do antigo instrumento e os da proposta atual.
Agora são, ao todo, 14 objetos de avaliação que fazem referência às DCN, no instrumento de reconhecimento de curso. Vale ressaltar que, todas as vezes que o documento faz referência a DCN ele trata de currículo por competência. Ou seja, um currículo por competência passa a ser quase que obrigatório para as instituições de ensino superior, assim como as IES precisam continuar aprimorando seus processos de ensino, pesquisa e extensão para evidenciar práticas inovadoras e exitosas.