A equipe do ministro planejava adiar esta edição do exame para janeiro de 2022 por causa da pandemia e por questões orçamentárias, mas voltou atrás após repercussão negativa.
O edital com a oficialização das datas ainda não foi publicado. Segundo o ministro, isso deve ocorrer ainda nesta semana.
A Folha mostrou na última semana que o governo Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não assinou o contrato com a gráfica para a impressão das provas do exame. As indefinições sobre as datas de realização das provas e trocas nas chefias do órgão têm atrasado os procedimentos preparatórios do exame.
A avaliação de técnicos da pasta é de que, a cada dia que passa, aumentam os riscos para a segurança e o sucesso do exame.
Em 2019, por exemplo, quando o Enem também ocorreu em novembro, o contrato com a gráfica foi fechado em 21 de maio. Isso já representou atrasos; naquele ano, no entanto, a assinatura demorou porque a empresa que imprimia as provas havia falido, forçando o governo a alterar o fornecedor.
Na edição de 2019, os documentos que definem todo o cronograma e as diretrizes da prova foram publicados em março e, no passado, em abril. Nos dois últimos anos as inscrições já haviam sido encerradas nesse período do ano.
A postergação desse processo compromete várias etapas de organização. Somente após o fim das inscrições é que o Inep pode levar adiante algumas fases da organização com base na previsão de quem deve fazer a prova.
As aplicações no papel e digital ocorrerão nas mesmas datas, diferentemente da última edição, quando a prova no computador foi aplicada após o exame tradicional. Ainda não há informações sobre quantas vagas serão destinadas para a aplicação digital.