A procura pelo ensino a distância vem aumentando significativamente nos últimos anos. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), mostram que só nos últimos seis anos, o número de matrículas nos cursos superiores a distância aumentou cerca de 50%. Atualmente, são mais de 1,5 milhões de estudantes nesta modalidade de ensino.
O Ensino a Distância foi regulamentado pelo decreto 9.057, de 2017, que atualizou a legislação sobre o tema. Com ele, as instituições de ensino foram autorizadas a ampliar a oferta de cursos superiores de graduação e pós-graduação a distância.
Mas o que leva os alunos a optarem pelo EaD? Várias são as razões, entre elas a praticidade e liberdade para fazer os próprios horários e os valores mais acessíveis, que permitiram que mais brasileiros tivessem acesso ao ensino superior.
A experiência de alunos como Ulisses da Silva Alves, que cursa enfermagem, reforça a ideia de que o EaD cria oportunidades para aqueles que não conseguem participar de cursos totalmente presenciais. Ele explica que se não fosse a modalidade a distância não teria como fazer a graduação, em função da rotina de trabalho. “Até tentei fazer o curso presencial, mas não tive como continuar porque não estava sobrando mais tempo para minha família”, diz.
Mesmo sendo a distância, a modalidade também conta com aulas presenciais. Na área de saúde, por exemplo, os alunos do EaD fazem as aulas de laboratório presencialmente. É o que conta o aluno Adson Montalvão, que por falta de tempo, optou por esse tipo de ensino. “Temos aulas práticas e o nosso estágio é 100% presencial. Não tem essa diferença que o pessoal fala. Aprendemos tanto no presencial quanto no EAD. A modalidade não faz o aluno, o que faz o aluno é pesquisar, é procurar, é querer, é abraçar aquela profissão”, acrescenta.
A qualidade do EaD é atestada ainda pela professora Najala Rocha, que além de lecionar no curso de enfermagem, também é enfermeira obstetra. Ela garante que não há diferença entre as modalidades presencial ou semi presencial e que os alunos de ambas saem da universidade capacitados para atuarem na área da saúde. “O ensino a distância é um projeto de tecnologia. Hoje estudamos as mais variadas especialidades em cima de um computador. O mundo é tecnológico”, finaliza.