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Parlamentares na Câmara e no Senado discutem toda semana propostas na área de educação e a Associação Nacional das Universidades Particulares – Anup – tem acompanhado as discussões marcando presença nas comissões, dialogando com deputados e senadores e participando de audiências públicas. O objetivo da Associação é estar sempre presente nos debates que vão influenciar as decisões nesta área.

Pensando nisso a Anup TV entrevistou o deputado Izalci Lucas, eleito senador pelo Distrito Federal no último pleito. Izalci está em seu segundo mandato como deputado e também já foi Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do DF. Idealizador do cheque-educação, projeto em moldes parecido com o Prouni , foi ainda presidente da Comissão Mista que ampliou o PRONATEC, com oferta de mais bolsas de estudos. Durante a entrevista, o senador eleito tratou de temas como FIES, valorização dos professores e o projeto Escola sem Partido.

Na avaliação do senador Izalci Lucas hoje o FIES ultrapassou a capacidade de atendimento em função de avaliações equivocadas de governos anteriores.

P: Que saídas o senhor aponta para programas como Fies e Prouni, que financiam a educação de muitos estudantes?

R: Incharam demais a questão do FIES e também do PROUNI, além da capacidade de pagamento, como aconteceu também com o PRONATEC e isso acabou, criou a expectativa muito grande para um monte de aluno e é ruim você criar uma expectativa e depois tirar, é você destruir o sonho do jovem e isso acaba prejudicando também as instituições. Então a gente precisa controlar isso para que o Fies, o Prouni e outros programas do governo sejam complementares e não a universidade e faculdade sobreviver apenas disso.

Outro assunto que o parlamentar defende é a cobrança de mensalidade pelas universidades públicas.

P: Como seria feita essa cobrança de mensalidade para alunos de universidades públicas? Não seria um contrassenso cobrar por algo que é “público”?

R: Eu tenho uma Pec tramitando que é a PEC 200 que o governo poderá, não é obrigado, mas pode exigir que os alunos que frequentam as universidades públicas, em determinados cursos, sejam obrigados a dar contrapartida para o estado, onde precisar. Eles receberiam seu salário normal, mas quando tiver faltando médico na Amazônia, tem que pegar um aluno que está formando em medicina, hoje na universidade pública, e transferir para ele fazer, no mínimo 2 anos, na Amazônia, evidentemente recebendo o salário dele, mas tem que dar essa contrapartida. Quem não quiser não tem problema é só pagar o curso, o que não dá é para você pegar a universidade pública que todos financiam, o aluno faz medicina e no dia seguinte abre uma clínica pra ele, que não dá retorno nenhum para a sociedade.

P: E quanto ao Projeto Escola sem Partido, que está sendo debatido no Congresso, qual seu posicionamento?

R: Há de fato em algumas escolas, não é a maioria, mas há uma certa doutrinação em sala de aula e isso a gente tem que evitar. Não podemos querer impor ao aluno aquilo que o professor tem como proposta sua ou uma concepção sua, então a questão ideológica a gente precisa afastar um pouquinho isso, justamente reforçando para que a escola dê mais conteúdo, mais conhecimento e não se envolva com questão partidária.

P: A ANUP defende a valorização e melhor qualificação dos professores. O senhor concorda que é preciso investir mais nesses profissionais?

R: Se você perguntar ninguém ser professor mais, então a gente precisa melhorar a qualificação, melhorar o curso, e acho que agora é a oportunidade com a reforma do ensino médio. Eu, particularmente, acho que tem que voltar o magistério, colocar o aluno em sala de aula antes para se preparar, mas também valorizar, dar condições de trabalho.

Acompanhe a entrevista com o senador eleito Izalci Lucas, na integra, no canal da ANUP no youtube.

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