Dados do Exame Nacional do Ensino Médio – Enem – mostram que, no ano passado, mais de 9.600 pessoas com mais de 60 anos prestaram o exame. Nos últimos seis anos cresceu em 53% o número de idosos que ingressaram na universidade. De 2012 pra cá, a força de trabalho do país ganhou mais 2 milhões de pessoas que passaram dos 60.
Só no ano passado, quase 10 mil pessoas com mais de 60 anos prestaram o Enem. em 2011, o Brasil tinha 17.414 universitários com 60 anos ou mais. Depois de seis anos, esse número passou para 26.763 – crescimento de 53%.
Mas será que o país comporta esse força toda no mercado de trabalho? Na realidade, o mercado vai se adaptando. O próprio IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – tem dados que mostra que os idosos estão adiando sua saída do mercado de trabalho. A pesquisa aponta que hoje há cerca de 7,5 milhões de brasileiros empregados com mais de 60 anos. Isso representa um total de 7,2% do total de empregados, um aumento significativo se comparado a 2012, quando esse percentual era de 5,9%.
Os motivos para os idosos permanecerem no mercado de trabalho vão desde a necessidade financeira, até a satisfação pessoal em se sentir útil à sociedade. Independente do motivo, as empresas, de um modo geral, já têm essa percepção de que existe uma fatia de trabalhadores ativos com mais de 60 anos, e, por esse motivo, estão criando políticas para absorver essa parcela da população.
Hoje é mais comum vermos pessoas acima de 60 anos atuando em diversos postos de trabalho. Cenário que tende a aumentar se levarmos em consideração o número de idosos que voltaram ou estão sentando pela primeira vez nos bancos escolares.