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Em pesquisa inédita, o Outdoor Social Inteligência®, Instituto de Pesquisas especializado na classe C, ouviu os estudantes do G10, grupo das favelas com maior potencial econômico do país. As pessoas consultadas estão matriculadas em faculdades ou cursos técnicos e revelam dados sobre o ensino superior nesses territórios.

O destaque da pesquisa vai para o potencial de consumo das favelas do G10. A cifra anual que os territórios podem gerar com cursos superiores é de R$ 75 milhões, já com cursos regulares, popularmente conhecidos como cursos técnicos, R$ 84 milhões. O potencial de consumo anual geral nas 14 maiores comunidades do país chega aos R$ 9,9 bilhões.

Os números não causam estranheza para o presidente do G10 Favelas, Gilson Rodrigues, que afirma que os jovens anseiam por um futuro promissor. “Nossa população quer construir carreira, quer se profissionalizar e fazer a diferença no mercado de trabalho”, completa.

A pesquisa releva maior aderência aos cursos técnicos. Entre os ouvidos, 60% estão matriculados. Desses, 47% possuem bolsa ou estudam em instituição pública, os outros 13% pagam pela formação. Os que cursam faculdade, são 40%, sendo 17% bolsistas ou matriculados em universidades públicas e 23% estão pagando pelo ensino.

“A maior procura por cursos técnicos tem como motivação uma capacitação de curto prazo, já voltado para o mercado de trabalho. Contudo, 40% é um ótimo índice em relação às faculdades que seguem uma crescente. Temos notado que, cada vez mais, as pessoas desses territórios têm buscado uma vida acadêmica”, conta Emília Rabello, fundadora do Outdoor Social Inteligência®.

Outro destaque da pesquisa são as áreas cursadas. Quase metade (48% dos entrevistados), está em um curso de humanas, 31% na área de exatas, 20% em saúde e biológicas e 1% na área agrária.

Com a pandemia, as universidades optam pelo sistema online, contudo, 76% estão matriculados em instituições que normalmente oferecem aulas presenciais. Desse índice, 59% correspondem aos estudantes que estão em instituições fora da comunidade e apenas 17% acessam a educação em um curso oferecido dentro da comunidade onde vivem. A pesquisa também mostra que 24% realizam cursos à distância.

Instituições de ensino citadas

Entre as instituições pagas, o ticket médio citado pelos entrevistados para as faculdades é de R$ 531,00. Já o curso técnico, é de R$ 300,00.

As faculdades do grupo Laureate são as mais cursadas entre os entrevistados (14%). O grupo é responsável pelas faculdades: FMU, UNIFACS, Anhembi Morumbi, FiamFaam. Em seguida, a UNIP (10%); o mesmo percentual (10%) citou o grupo Kroton, que lidera Anhanguera, Unime e Unopar, e a YDUQS, que lidera a Estácio e a Área; 7% citaram a rede Ser Educacional, das faculdades Univeritas e Uninassau.

Perfil dos entrevistados

O perfil dos ouvidos na pesquisa é composto 58% por mulheres e 42% por homens. A maioria, correspondente a 25% são jovens entre 15 e 24 anos. 24% dos entrevistados possuem entre 35 e 49 anos; o mesmo índice (24%), possui 60 anos ou mais; 21% dos entrevistados têm entre 25 e 34 anos, e 6% é o índice dos que possuem 50 anos ou mais.

Pesquisa de opinião pública: comportamento relacionado a educação

Realização: Outdoor Social®

Metodologia: Pesquisa presencial, realizada em maio de 2021, quantitativa por amostragem. Foram ouvidas 435 pessoas residentes das comunidades Baixada Nova Jurunas – Belém (PA):, Condor – Belém (PA), Cidade de Deus – Manaus (AM); Pirambú – Fortaleza (CE); Coroadinho – São Luís (MA); Casa Amarela – Recife (PE); Complexo de Amarelinha – Salvador (BA); Sol Nascente – Brasília (DF): Aglomerado da Serra – Belo Horizonte (MG): Rocinha – Rio de Janeiro (RJ), Rio das Pedras – Rio de Janeiro (RJ): Heliópolis – São Paulo (SP), Paraisópolis – São Paulo (SP); São Domingos Agrícola – Curitiba (PR): Cruzeiro do Sul – Porto Alegre (RS).

Sobre o Outdoor Social®

Criado em 2012, o Outdoor Social® é um negócio de impacto que atua no mercado brasileiro de publicidade como uma mídia OOH para a comunicação com a periferia e no desenvolvimento de pesquisas de opinião e consumo com este público. Presente em 6.200 comunidades em todo o país, a empresa conta com 150 agentes comunitários, responsáveis pela análise do local, cadastramento e contato junto a moradores de comunidades que cedem seus muros para a colação de painéis publicitários, grafites ou promoções, de forma remunerada. Com uma economia circular e gerando renda dentro das favelas, o sistema já beneficiou mais de 30 mil famílias.

Fonte: SEGS.com.br

 

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