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A diretoria da ANUP participou da solenidade de homologação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de graduação em Medicina, realizada pelo Ministério da Educação (MEC) na última segunda, 29, em Brasília (DF).

No evento, a Associação foi representada pelo presidente, Juliano Griebeler, pela professora Elizabeth Guedes, presidente do Conselho Deliberativo, e pelo professor Silvio Pessanha Neto, coordenador da Rede ANUP de Educação Médica.

Elizabeth, que também é conselheira do Conselho Nacional de Educação (CNE), foi relatora do parecer homologado nesta data pelo ministro da Educação, Camilo Santana. O documento já havia sido aprovado pelo CNE, em agosto, por unanimidade, com a conclusão dos trabalhos da Comissão de Revisão das DCNs de Medicina, presidida pela professora Ludhmila Hajjar.

De acordo com o MEC, as novas DCNs resultam de um amplo processo de escuta e participação social, envolvendo universidades, entidades médicas, gestores de saúde e representantes da sociedade civil. A ANUP foi uma das entidades a debater e enviar contribuições ao texto, após discussão com seus associados. A versão anterior das diretrizes estava vigente há cerca de dez anos.

No evento, o ministro destacou que a atualização das diretrizes é uma iniciativa necessária para acompanhar as transformações da sociedade. “Esse é mais um passo importante para garantir a qualidade da formação em Medicina. As diretrizes olham para a saúde mental, a tecnologia e as questões de inclusão, com base na realidade que estamos vivendo”, afirmou Camilo Santana.

COMPETÊNCIAS

As novas DCNs reforçam a integração com o Sistema Único de Saúde (SUS) como eixo estruturante da formação médica, assegurando que os estudantes vivenciem, desde os primeiros períodos, a prática em atenção primária, com progressão até áreas de maior complexidade, como medicina intensiva e traumato-ortopedia. Esse percurso garante que o egresso desenvolva competências para atuar em todo o espectro da atenção em saúde, da prevenção à reabilitação.

“Não tenho dúvida de que estamos dando um grande salto com essas novas diretrizes curriculares, um avanço que se soma aos esforços liderados pelo Ministério da Educação na formação dos profissionais do nosso sistema de saúde”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que também participou da solenidade.

No campo da infraestrutura, as DCNs estabelecem exigências claras para a oferta de cursos de Medicina, como laboratórios de habilidades e simulação clínica, integração ensino-serviço-comunidade e programas permanentes de desenvolvimento docente. Já no campo avaliativo, a grande inovação é a instituição de uma prova nacional abrangente no 4º ano da graduação, antes do internato, padronizando competências e permitindo ajustes precoces no percurso formativo.

Outro ponto de destaque é a valorização da diversidade e da inclusão, com a determinação de políticas institucionais de pertencimento e de apoio aos estudantes, contemplando aspectos étnico-raciais, sociais, culturais, de gênero e de orientação sexual. Também foi incluída a obrigatoriedade de núcleos de apoio psicossocial e programas estruturados de mentoria e saúde mental.

Atualização: As novas DCNs foram publicadas no D.O.U. na edição de quarta, 1º de outubro. Confira aqui.

Com informações do MEC | Fotos: Angelo Miguel/MEC e Arquivo Pessoal

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