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O ensino híbrido já era tendência nas escolas e universidades brasileiras, independentemente da pandemia. Após as restrições impostas pelo vírus, o modelo que mescla atividades curriculares presenciais e virtuais abandonou o status de movimento incipiente: adotado em larga escala, está prestes a ser regulamentado tanto na educação básica quanto na educação superior.

Na iminente era do ensino superior híbrido, as instituições precisam abandonar medidas emergenciais e adotar uma postura que forneça uma experiência de usuário adequada. Isso significa oferecer tecnologias inovadoras, mas também professores capacitados.

“A capacitação docente deve ser mão na massa, fazendo com que o professor planeje e entenda o processo de construção da sua aula através de metodologias inovadoras, o que inclui as metodologias ativas, que desenvolvam competências. Junto a isso, indicadores que permitam acompanhar os resultados da aprendizagem”, explica a professora Renata Perrenoud, chancelada pelo professor Joselito Moreira Chagas – ambos consultores da Sgah na área de formação de professores e currículo por competência.

O profissional docente também precisa de fluência digital, segundo Perrenoud. “É importante conhecer ferramentas, aplicativos e outras soluções para engajar e motivar o aluno. A tecnologia é o link do online com o presencial no ensino híbrido.”

Na Universidade de Taubaté (Unitau), em São Paulo, o Profoco – Programa de Formação Continuada, em operação desde 2015 – ganhou uma versão digital em 2021. A instituição também oferece pós-graduação voltada aos professores. É o caso do curso Ferramentas Digitais para Docentes.

Paulo Cesar Ribeiro Quintairos, coordenador do curso, comentou em nota no site da Unitau os benefícios da tecnologia na rotina daquele que vive de enisinar: “É um universo que o professor tem de explorar para deixar a aula mais enriquecedora. Mas ele precisa conhecer suas ferramentas. O objetivo da aula não é demonstrar a ferramenta e, sim, ensinar”.

No centro universitário UniBH, de Minas Gerais, a capacitação docente ocorre no início de cada semestre. Além da reciclagem, que dá forte ênfase em metodologias ativas, há encontros de preparação contínua ao longo do ano. O conteúdo é referendado por universidades internacionais, como Stanford, segundo Eduardo França, diretor do campus Buritis do UniBH.

Já a Universidade Federal da Bahia (UFBA) colocou no ar o programa Trilhas Formativas para a Educação Online, desenhado para capacitar cerca de 1 mil profissionais no semestre 2021.1. A ação é composta por cinco trilhas formativas : design educacional; metodologias ativas; recursos digitais de ensino (síncronos e assíncronos); ambientes virtuais de aprendizagem; e avaliação de aprendizagem com uso de tecnologias.

O novo formato de capacitação dos docentes tem o objetivo de “oportunizar um percurso de formação continuada , que seja flexível, para que o professor possa compor seu percurso de formação de acordo com o seu interesse e necessidade”, afirmou Márcia Rangel, superintendente de Educação a Distância da UFBA.

Um ponto em comum nas ações da Unitau, da UniBH e da UFBA: todas as atividades são ministradas a distância com metodologias ativas. O que favorece o desenvolvimento de competências como empatia, já que os professores experimentam exatamente o que os estudantes vão experimentar nas aulas.

Fonte: Desafios da Educação

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