Notícias

Img
Na última década, a pós-graduação stricto sensu cresceu 48,6% no Brasil, passando de 3.128 programas (2011) para 4.650 (2020). A informação, que reúne somente cursos de mestrado e doutorado, foi divulgada no último mês de fevereiro pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão vinculado ao Ministério da Educação.
Anualmente, são formados no país cerca de 60 mil mestres e algo como 22 mil doutores. Se consideradas as modalidades latu senso, como MBA e especialização, o número de pós-graduados brasileiros torna-se ainda maior, e revelador da importância da contínua qualificação profissional.
Ir além da graduação proporciona diversos ganhos, dois deles em especial. O primeiro é o avanço do conhecimento acerca de temas essenciais ao desenvolvimento da carreira. O outro, decorrente deste, é a valorização conferida pelo mercado de trabalho aos profissionais com sólida formação, tendência que vem se consolidando ao longo dos últimos anos.
Em 2016, a Revista Pesquisa Fapesp publicou uma matéria informando que os profissionais com mestrado obtiveram um aumento médio salarial de 21,4% no primeiro semestre de 2015 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo o texto, que utilizou dados de um levantamento realizado pela Consultoria Produtive, de São Paulo, a remuneração de executivos recolocados no mercado pela empresa nas regiões Sul e Sudeste do país passou de R$ 13,8 mil para R$ 17,5 mil nos períodos confrontados.
O estudo antecipava o que hoje está consagrado: cursar uma pós-graduação é um diferencial importante para quem quer progredir na carreira. A compreensão em torno dessa realidade não foi alterada nem mesmo diante das duas crises que o Brasil vive atualmente, a sanitária e a econômica, a segunda agravada pela primeira.
A Facamp (Faculdades de Campinas), por exemplo, iniciou as atividades de 2021 da sua Escola de Pós-Graduação com seis cursos, sendo que todos registraram procura acima da média dos últimos anos. Quatro deles são de curta duração e estão inseridos na área de Educação Executiva: Compliance, Gestão de Empresas Familiares, Negócios Imobiliários e Direito Médico. Os outros dois são de Desenvolvimento de Embalagens (modalidade MBA) e Direito Empresarial (LL.M – Master of Laws), ambos com longa duração. Todos são ministrados remotamente, com aulas ao vivo.
De acordo com o diretor Acadêmico da Facamp, professor Rodrigo Sabbatini, embora os cursos da Escola de Pós-Graduação sejam concorridos, a procura por eles este ano surpreendeu. “Em alguns programas, as vagas foram esgotadas bem antes do prazo final de inscrição, o que é um indicador da qualidade do ensino oferecido pela instituição”, considera.
Pedro Branco, que está à frente da área de Relações Institucionais da Faculdade, concorda com a análise. Ele explica que, além dos cursos da área de Educação Executiva, que estão consagrados, a Facamp está oferecendo este ano dois programas inéditos. “Os cursos de Desenvolvimento de Embalagens e de Direito Empresarial estão sendo ministrados pela primeira vez, e contam com professores destacados, com larga experiência de mercado. Este sem dúvida foi um fator de atração de alunos. Além disso, por serem oferecidos remotamente, os cursos abriram a oportunidade para a participação de pessoas de vários pontos do país, inclusive aquelas que não vivem em grandes centros urbanos e que teriam dificuldade para frequentar presencialmente um programa de formação de excelência”.
O MBA em Desenvolvimento de Embalagens, prossegue Pedro Branco, é único na região de Campinas. O curso tem como alunos profissionais de grandes empresas, como Avon, Natura, Brasilata e BRF Foods, interessados em se manter atualizados sobre o tema. O LL.M também é pioneiro. Este permitirá aos participantes que realizem um dos módulos em uma das instituições estrangeiras que mantêm colaboração com a Facamp, o que vai conferir uma dimensão internacional às atividades.
Tanto Rodrigo Sabbatini quanto Pedro Branco entendem que a grande procura pelos cursos de pós-graduação da Facamp é reveladora da importância de os profissionais, bem como suas empresas, investirem em qualificação, mesmo em um período tão desafiador como o atual.
“Mais do que nunca, é preciso estar preparado para atender às exigências de um mercado extremamente concorrido e em contínua transformação”, afirma o diretor Acadêmico da Faculdade.
Pesquisa inédita realizada pelo Instituto Semesp em 2019, que traça um cenário dos cursos de especialização latu senso no Brasil, ratifica a análise. Segundo o levantamento, que contemplou instituições de ensino superior públicas e privadas, o número de alunos que cursam esses programas vem aumentando desde 2016, sendo que 88% deles frequentam escolas privadas. Nos quatro anos anteriores ao estudo, houve um crescimento de 74% no número de matrículas. Ainda segundo a pesquisa, o profissional que faz um curso de especialização tem um rendimento médio mensal em torno de R$ 4,5 mil, valor 150% superior à média salarial daqueles que têm somente a graduação.
Fonte: Agência Estado – Broadcast

Remodal