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Entre os novos negócios possíveis para as instituições de ensino superior, os meios de pagamento são um deles, orientou Fabio Cespi, diretor do Lyceum, empresa que atua com sistema de gestão educacional. O diretor acredita em um modelo de monetização que engaje o aluno. Como exemplo, ele aponta o Pix sob a ótica de caschback – recompensa em dinheiro.

“Outro fenômeno dentro do mercado financeiro é o Open Banking [sistema do Banco Central], que possibilita compartilhar as suas informações com o sistema financeiro. Com isso eu posso chegar dentro de uma IES que quero fazer curso e compartilhar minhas informações e essa instituição pode, por meio dos meus dados, ver qual banco quer financiar o meu curso e com isso ter financiamento estudantil”, explicou.

Fabio Cespi participou hoje (27/10), do painel A tecnologia e as transformações nos modelos de negócio da educação, realizado durante o 23º Fnesp , maior fórum do ensino superior privado da América Latina.

Vale ressaltar que apenas 12% das instituições de ensino superior têm a tecnologia como estratégia principal, aponta estudo sobre governança e tecnologia realizado pelo Instituto Semesp e Lyceum em 2020.

As lideranças estão prontas ?

Para a tecnologia ser vista com prioridade entre as faculdades é preciso, sobretudo, uma mudança de cultura, de mentalidade, complementou Fábio Reis, diretor de inovação e redes de cooperação do Semesp, também presente no painel. Reis emendou: “será que as lideranças estão prontas para essa disrupção? É preciso estratégia para esse processo de mudança. Precisamos usar dados, fazer análises. IES precisam ser mais estratégicas na questão da análise de banco de dados”.

Nessa transformação, a equipe precisa estar consciente, por exemplo, sobre a importância da mudança e ser preparada para esse mindset, reforçou Fernando Malheiros, head para educação e desenvolvimento humano na Vaartus Consulting. “A educação não pode pensar a tecnologia como ferramenta e sim como um novo modo de vida”, disse.

Aluno no centro

Aliás, Fabio Cespi também destacou que o processo de mudança precisa estar atrelado a indicadores. Segundo ele, são várias as possibilidades e cujo apoio pode vir, por exemplo, da inteligência artificial. Recurso que prevê a evasão de alunos é uma grande contribuição, contudo, o fundamental é a percepção do estudante.

“De nada adianta ter indicadores, tecnologias espetaculares se o aluno não está engajado, não gosta do ambiente de aprendizagem. Sinto que as IES têm muito a crescer nesse ponto”, disse o diretor do Lyceum.

Fonte: Revista Ensino Superior

 

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