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O vestibular começou a ser utilizado como método de seleção das universidades no Brasil a partir do início do século 20, mais precisamente em 1911, pelo então ministro da Justiça e dos Negócios, Rivadávia da Cunha Corrêa. Antes disso, as universidades brasileiras eram ocupadas por estudantes de colégios tradicionais, como o Dom Pedro 2º, do Rio de Janeiro, até o aumento da procura, que ultrapassou o número de vagas disponíveis.

Atualmente, uma das principais formas de ingresso é o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que dá acesso à maioria das instituições públicas e particulares nacionais e mesmo de outros países. Foi criado pelo Ministério da Educação em 1998, e é utilizado também como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa em programas como o Universidade para Todos (ProUni), Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e no Sistema se Seleção Unificada (Sisu).

No Dia Nacional do Vestibulando, comemorado nesta quinta-feira, 24, a estudante Sarah Baima, de 20 anos, embora já tenha prestado alguns vestibulares e investido em cursinhos preparatórios, deixa claro que o seu objetivo é o Enem. “As provas do vestibular que fiz foram boas, mas a ansiedade e o nervosismo sempre atrapalharam. Espero que seja diferente com o Enem”, destaca.

Diferentemente dela, o estudante de educação física da Universidade de Brasília (UnB), Gabriel Oliveira, conseguiu ingressar na instituição por meio do Programa de Avaliação Seriada, o PAS – modalidade de acesso ao ensino superior criado pela UnB, feito em três etapas, que abre as portas da universidade para o estudante do ensino médio de forma gradual e progressiva. De acordo com ele, na época, os pais não tinham condições de custear um curso preparatório. Então, decidiu buscar os conhecimentos no próprio ensino médio. “Estudei muito em casa sozinho e tive um grande apoio da escola”, conta. 

Gabriel acrescenta que ser um vestibulando vai muito além de apenas estudar. “Quando vi que tinha passado, me senti realizado e aliviado. Minha comemoração foram os gritos de alegria da minha mãe e os olhares de orgulho do meu pai. Chorei muito e não consegui dormir”, recorda.

Mesmo já matriculado no curso de educação física, ele almeja participar de mais um vestibular e migrar para medicina. Porém, garante que a preparação será bem diferente desta vez. “Agora tudo está mais leve, pois já estou na universidade”, finaliza.

Remodal