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Atualmente 726 mil pessoas estão presas no Brasil. Os dados são do Departamento Penitenciário Nacional, do Ministério da Segurança Pública. Os números mostram ainda que a grande maioria (89%) não completou o ensino fundamental. Além disso, 88% não têm acesso à educação dentro dos presídios e 85% não tem nenhuma atividade laboral.

Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o acesso do preso a educação é fundamental para o processo de ressocialização. “Se o sistema prisional tem como uma de suas funções a ressocialização, e se nos presídios há jovens de baixa escolaridade, sem acesso à educação, isso significa dizer que a possibilidade deles se ressocializarem, de encontrarem um emprego é baixíssima”, avaliou.

Mas por outro lado, os dados do Depen, revelam que vêm crescendo o interesse dessa população pelo ensino superior. Na última semana mais de 40 mil detentos prestaram a prova do Enem para pessoas privadas de liberdade. Para Jungmann, esse aumento é positivo, no entanto os números ainda são baixos. “Nós temos 726 mil presos, então 40 mil é algo para a gente comemorar, mas ainda é muito baixo porque é um pouco mais de 6% dessa população. E como essa população é majoritariamente jovem e majoritariamente com baixa escolaridade, nós temos que multiplicar isso aceleradamente”, defendeu.

Mas essa realidade pode mudar. O Ministério da Segurança Pública firmou uma parceria com o Ministério da Educação que pode dar uma nova chance a essas pessoas. “Nós fechamos um convênio para levar ensino à distância exatamente a essas unidades prisionais, porque a gente não pode esquecer uma coisa, esse jovem que hoje está lá dentro preso e ele pode ter cometido crime de baixo impacto, ou seja, crime que não envolve sangue, e ele vai voltar para a rua. A gente não pode permitir que ele volte pior, mas que ele possa voltar melhor e não há outra alternativa, em situação de jovens, se não a educação”, finalizou o ministro.

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