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A importância de se investir nos primeiros seis anos de vida de uma criança já é fato consolidado. A chamada primeira infância é uma fase decisiva para sabermos mais sobre o adulto do futuro. Cientistas e especialistas se debruçaram sobre esse tema para entender porque precisamos dar atenção especial a esses anos de vida.

A própria neurociência, que avançou muito nos últimos 25 anos, já provou que o cérebro de uma criança que recebe atenção, amor e incentivo nesta fase reage de forma muito diferente e mais positiva do que uma criança que foi privada dessas situações. Os estudos mostram que fatos ocorridos nos primeiros anos de uma criança são influenciadores no desenvolvimento dos pequenos.

Se queremos um Brasil com mais desenvolvimento e mais igualdade de oportunidades, precisamos investir na primeira infância, incentivando ações que priorizem a atenção e cuidado da criança e da família, desde a gestação. É preciso que governo e sociedade se unam por um bem comum.

O Governo Federal, que também levanta essa bandeira, lançou o Criança Feliz, programa que acompanha e orienta as famílias, com crianças de zero a seis anos, ofertando instrumentos para que os pais possam estimular o desenvolvimento cognitivo, emocional e psicossocial dos filhos. O programa estimula o vínculo afetivo e o papel das famílias no cuidado e educação das crianças na primeira infância.

A educação é um braço importante deste processo. Essa atenção não pode ficar apenas na fase da primeira infância. É preciso que os profissionais envolvidos, de alguma forma com a vida dessa criança, também estejam preparados para atender e serem apoiadores dessa vida em crescimento.

As Universidades têm que estar preparadas para fortalecer a formação desses profissionais. E pensando nisso, a Associação Nacional de Universidades Particulares (Anup), firmou um acordo de cooperação com os Ministérios de Desenvolvimento Social e da Educação, para estimular que as instituições de ensino superior, por meio de disciplinas curriculares, formem profissionais mais conscientes e preparados para o cuidado com a primeira infância. Assim nasceu o programa Instituição Parceira da Primeira Infância. Com o apoio da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, a Anup desenvolveu uma disciplina sobre o tema a ser distribuída para as universidades brasileiras.

O Brasil ainda está muito atrás de outras nações quando o tema é investimento na primeira infância. Mas o assunto está ganhando força em todo o mundo. Na última reunião do G20, por exemplo, que ocorreu em julho, na Argentina, foi incluído, pela primeira vez, o tema da primeira infância. A presidência do Grupo incorporou o investimento na primeira infância nos tópicos a serem discutidos para contribuir para o desenvolvimento e a economia global.

E dentro dessa visão de priorizar essa etapa da vida do ser humano, ações como essa da Anup e a Lei do Marco Legal da Primeira Infância, homologada em 2016, mostram que estamos no caminho certo para aprofundar o olhar para essa fase primordial para o futuro do nosso país.

Julia Jungmann, gerente de Responsabilidade Social da ANUP.

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