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Os avanços tecnológicos dos últimos anos fizeram o mercado do ensino a distância crescer. E a pandemia de coronavírus acelerou esse crescimento. “Vimos, claramente, o impacto da pandemia no perfil dos profissionais de EaD”, diz Diego Dias, diretor de operações da VG Educacional.

Na última terça-feira (19/10) ele participou de um painel do 16° Seminário Nacional da ABED (Senaed). O evento também contou com a presença de Regina Tavares de Menezes, gerente de comunicação da Cruzeiro do Sul Educacional, e da consultora e mentora de EaD, Patrícia Rodrigues.

Uma das consequências mais nítidas da pandemia foi mostrar que o professor não faz nada sozinho. É completamente improvável que o docente ou o tutor consiga ministrar uma disciplina a distância com qualidade – usando metodologias ativas e ferramentas digitais que gerem engajamento dos alunos – sem nenhum suporte.

“Se já era difícil antes, a pandemia apenas tornou isso quase que impossível”, disse Regina Tavares de Menezes.

Com a suspensão das aulas presenciais, e o surgimento do ensino remoto emergencial, várias ferramentas tecnológicas foram desenvolvidas para tentar garantir uma melhor qualidade da aprendizagem.

Esse avanço tecnológico também afetou a educação a distância. As instituições de ensino superior (IES) precisaram se reinventar e investir em soluções tecnológicas. Com isso, as funções se ramificaram e o número de demandas aumentou. Ter profissionais mais qualificados nunca foi tão necessário.

“Os cursos EaD se tornaram mais robustos e estão cada vez menos tradicionais”, explica Patrícia Rodrigues. As pesquisas mostram que a educação provavelmente nunca mais será a mesma depois da pandemia. No primeiro semestre de 2021, o ensino presencial nas IES privadas registrou queda de 8,9% no volume de matrículas; os cursos a distância cresceram 9,8%.

Outra mudança acelerada por conta da pandemia é o perfil dos alunos. “Mais do que nunca, as instituições precisarão investir em inovação e tecnologia para serem mais competitivas e atrair mais alunos”, afirmou Menezes, da Cruzeiro do Sul Educacional.

Isso significa que as instituições de ensino superior devem se preocupar em formar profissionais para este novo mundo e serem mais disruptivas.

Para sobreviver as dificuldades e competitividade do mercado, as IES precisam ter inteligência tecnológica para prospecção nas regiões com maior potencial e um portfólio de cursos relevantes.

Mas, não é só isso. Ter equipes preparadas e focadas para a realização da captação, com discurso metodológico, é imprescindível para que todo o esforço acadêmico se concretize em bons resultados.

“Consegue dar dicas de como os gestores podem ajudar a sua equipe?”, perguntou um participante do painel do 16° Seminário Nacional da ABED, no chat do evento online. “Entre em comunidades que estão buscando parcerias e entenda o perfil do profissional”, sugeriu a mentora Patrícia Rodrigues.

“A formação continuada é muito necessária e fundamental para o profissional de EAD”, acrescentou Diego Dias, da VG. Segundo ele, as IES devem buscar entregar cursos, palestras, workshop e seminários que possam agregar no conhecimento dos professores. “Os gestores cobram que os professores sejam multifuncionais, mas sem ensina-los a fazer isso”, afirma. Outra queixa de Dias é que os gestores ainda exigem muitas funções que não são de competência direta do docente.

Durante o evento, os especialistas foram unânimes: não existe super-herói. Não existe um professor que seja competente em todas as funções. Por isso, a necessidade de ter outros perfis profissionais (roteiristas, editores de vídeos, diretor de vídeo e etc), que auxiliam os docentes na produção das aulas EAD.

Fonte: Desafios da Educação

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