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A professora Elizabeth Guedes, presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP), foi empossada na tarde desta quinta, 10, para o cargo de conselheira da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão colegiado do Ministério da Educação (MEC).

A cerimônia foi conduzida pelo ministro Victor Godoy, que deu posse a todos os nove integrantes nomeados para o CNE na última terça, 8, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU).

Elizabeth tomou posse presencialmente no gabinete do ministro. A sessão foi transmitida online para os convidados e demais conselheiros também empossados. Mais de 170 pessoas acompanharam a reunião simultaneamente.

Ao dar as boas-vindas aos novos conselheiros, a presidente interina do CNE, Amábile Pacios, disse que todos estão sendo “muito esperados” porque “há muito trabalho a ser feito”. Segundo ela, os novos colegas encontrarão “um conselho muito bem estruturado”, resultado do trabalho realizado nos últimos dois anos pela atual composição do colegiado.

“Temos uma enorme alegria em recebê-los. Conseguimos criar, nos últimos dois anos, uma parceria muito boa. Temos, agora, um grupo muito seleto, de pessoas capacitadas e que abrem a possibilidade de compartilhar o seu conhecimento. Poderemos dar ao país um CNE de excelência, que é o que o Brasil merece”, pontuou.

Amábile fez uma deferência especial à presidente da ANUP ao fim do pronunciamento. “Elizabeth, quero dizer que é muito bom tê-la conosco”, afirmou a presidente do CNE.

DESAFIOS

Em sua manifestação, Elizabeth agradeceu nominalmente às instituições que a indicaram ao cargo (foram mais de 20, um número recorde), destacando que este momento é reflexo direto da trajetória trilhada há mais de 30 anos na Educação.

“Sinto-me muito responsável por todas as indicações que tive. Fico muito feliz em estar aqui indicada por todas essas instituições. Tenho certeza de também que serei ajudada porque, mais do que nunca, a Educação precisa que nós viremos a chave”, afirmou.

Ainda segundo a presidente da ANUP, o trabalho dos novos conselheiros ganha grande importância na atual conjuntura por causa da “situação grave que vive a Educação brasileira”. “A pandemia veio para que tudo ficasse muito pior. O que nos espera é um período de muitos desafios”, frisou Elizabeth.

Discursando no no mesmo tom, o ministro Victor Guedes menciou as áreas que devem nortear as discussões do CNE daqui em diante. “Nossa Educação já vinha na UTI e enfrentou uma pandemia. Tivemos um aumento no desnível que já existia entre a educação básica pública e privada. Temos o desafio de modernizar e trazer mais flexibilidade ao Ensino Superior. Precisamos de mais professores e atrair os jovens para as licenciaturas; precisamos acompanhar as profissões do futuro e debater a regulação do ensino. Os desafios são enormes, em todas as áreas”, declarou.

O ministro Victor destacou, contudo, que o perfil altamente técnico dos conselheiros coloca para eles a responsabilidade de colaborar com o processo de melhoria da Educação. “É motivo de muita esperança termos a composição de um CNE técnico, composto por profissionais que trabalham com Educação, já trouxeram suas contribuições e vão trazer ainda mais. Acredito que vocês terão um papel de grande relevância para a nossa Educação”, completou o ministro.

EMPOSSADOS

Além de Elizabeth Guedes, também foram empossados na Câmara de Educação Superior os conselheiros Paulo Fossatti, Luciane Bisognin Ceretta, Henrique Sartori de Almeida Prado, André Guilherme Lemos Jorge e Mauro Luiz Rabelo.

Para a Câmara de Educação Básica tomaram posse Leila Soares de Souza Perussolo, Márcia Teixeira Sebastiani e Ilona Maria Lustosa Becskehazy Ferrão de Souza.

O mandato dos conselheiros será de quatro anos, renováveis pelo mesmo período.

A Câmara de Educação Superior é a instância do CNE que delibera sobre as diretrizes curriculares propostas pelo Ministério da Educação (MEC) para os cursos de graduação; analisa questões relativas à legislação que rege a Educação Superior; assessora o ministro da pasta nos assuntos relativos ao setor; avalia processos de autorização e reconhecimento dos cursos e de instituições.

O CNE é um órgão de assessoramento do Ministério da Educação (MEC), responsável por propor políticas públicas na educação. Os pareceres do conselho são submetidos ao ministro, que pode aprovar ou vetar parte das orientações.

Cabe ao Conselho Nacional de Educação zelar pela qualidade do ensino, pelo cumprimento da legislação educacional e assegurar a participação da sociedade no aprimoramento da educação brasileira.

Fotos: Luis Fortes/MEC

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